segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Levando Dinheiro

Ao aceitar a bolsa de estudos do "Ciência sem Fronteiras" você preenche um formulário com seus dados bancários e quando você vai tirar R$ 20,00 pra carregar o cartão do bandejão quase cai dura com o saldo da sua conta corrente.

Aqui no Brasil nós recebemos todos os auxílios e as duas primeiras mensalidades. Passado o susto de ver a conta com aquele saldo, é preciso começar a pensar em como levar o dinheiro daqui do Brasil para a Austrália. Existem infinitas maneiras de fazer isso e é importante lembrar que nenhuma delas é perfeita, todas tem vantagens e desvantagens. Além disso, conforme-se sempre haverão perdas em uma operação de câmbio e como sempre, nós clientes sempre levamos a pior!

Dinheiro Vivo: É bom sempre levar uma quantia de dinheiro (no caso dólar australiano) em espécie. Isso porque quando você chega no país não precisa trocar dinheiro nas casas de câmbio do aeroporto, que normalmente tem as piores cotações possíveis, e não depende da boa vontade de nenhum caixa eletrônico para pegar um táxi e sair do aeroporto.

A parte ruim de levar muito dinheiro em espécie é porque no meio da confusão do aeroporto você está sujeito a perdas ou roubos. E imaginem o rolo de perder boa parte do dinheiro da bolsa assim logo de cara?

A dica é: leve uma pequena quantia, suficiente para pegar um táxi e fazer algumas refeições.




Cartão de Banco na Função Débito: É uma ótima opção pois ao desbloquear o seu cartão para a função de débito internacional você faz os gastos pagando somente 0,38% de IOF e com a cotação do dólar turismo do dia, normalmente não existe nenhuma taxa extra para o uso desse cartão no débito. Nesse blog tem um passo-a-passo sobre como sacar com o cartão de débito no exterior.

O ruim é que as vezes a sua operação é registrada como crédito, e aí a surpresa é beeeem desagradável! Além disso, é preciso avisar o banco mais de uma vez durante o intercâmbio que você está fora do país e que a função de débito internacional deve continuar ativa. No caso do meu banco é de 2 em 2 meses. 

Outra coisa importante de perguntar para o gerente é sobre o limite de uso, que muitas vezes pode diferir daquele que você tem no Brasil! O cartão de débito também tem uma taxa para saque, que pode variar de R$ 7,00 até R$ 15,00 dependendo do banco.

Uma outra pequena desvantagem é que normalmente a conta universitária não tem direito ao cartão com função de débito internacional, então prepare-se para pagar uma taxa maior na manutenção da sua conta corrente aqui no Brasil.

A dica é: colocar na ponta do lápis as despesas extras que você terá com esse cartão. Porque de longe a cotação dele é a mais vantajosa.




Cartões Pré-Pagos tipo Visa Travel Money (VTM): O lado bom é que caso a cotação do dólar esteja oscilando muito, você pode carregar o seu cartão na cotação do dia e pronto a única taxa aí é o 0,38% de IOF. Além disso o cartão é bem aceito, você pode fazer compras no débito sem taxa nenhuma e sacar em qualquer caixa eletrônico pagando a taxa de $ 2,50 (dólares). 

O maior problema do VTM é a cotação usada para o câmbio, que nesse caso é o dólar turismo, em média $0,10 mais caro por dólar! Ou seja você perde aproximadamente 5% do seu dinheiro nessa conversão. Além disso cada cartão é vinculado a corretora que o vendeu e só pode ser recarregado por ela (ou seja, você só pode fazer uma comparação de cotações ao fazer o cartão; as recargas serão todas com o mesmo fornecedor, a não ser que você faça um novo cartão).

Além disso, se você for viajar para fora da Austrália e a transação envolver uma terceira moeda (por exemplo: quando você faz saques ou compras na Tailândia com um cartão carregado com dólares australianos), o cartão cobra uma comissão pelo câmbio da moeda carregada para a moeda local (o que não ocorre nos cartões de crédito ou débito de conta corrente, que fazem esta primeira conversão usando taxas interbancárias).

Apesar da recarga do cartão ser rápida, em 24 horas o dinheiro está no VTM, elas só são feitas em dias úteis, então se rolar uma emergência no final de semana...

A dica é: pesquise muito bem a corretora que fornecerá o cartão, muitas delas tem taxas mais vantajosas para bolsistas do CsF.

Cartão de Crédito: O que torna um cartão de crédito indispensável em uma viagem internacional é o fato de que ele é prático e aceito no mundo inteiro, inclusive para compras online. 

Porém a desvantagem clara é o IOF que no caso do cartão de crédito é de 6,8% e a cotação do dólar está levemente abaixo daquela usada por cartões do tipo VTM. Além disso é preciso desbloquear o cartão periodicamente para uso fora do país.

A dica é: leve-o para imprevistos, mas só!




Para mais informações eu aconselho esse blog aqui, aliás, foi dele que eu tirei a maioria das informações desse post! :) 

Essa é uma das coisas mais chatinhas de fazer antes de viajar, ainda mais pra quem não conhece nada sobre essas coisas de banco (como eu). A dica é levar seu pai, namorado ou amigo que entenda mais sobre isso junto quando for conversar com seu gerente. E não se esqueça, cartões demoram para chegar! Então resolva o melhor modo de levar seu dinheiro pelo menos uns 20  dias antes de viajar para não ter nenhuma surpresa desagradável com os correios.

Um comentário:

  1. Olá Fer!

    Como vc faz para transferir o dinheiro que vem no cartão bolsista Cnpq para a conta que vc abriu na Australia?
    Essa tranferencia tem taxa?

    E outra dúvida... com que dinheiro vc carrega seu VTM? É o próprio dinheiro que vem no cartão do bolsista?

    Obrigada!

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